domingo, 2 de outubro de 2011


O Estrelão e os mitos criados...

Eu vi o jogo no Arena da Floresta.

Foi uma partida chata. Tecnicamente fraca.

Rio Branco e Paysandu (PA) fizeram um dos piores jogos que vi no melhor estádio do Brasil. A deficiência técnica e física do nosso time salta aos olhos.

É. O Arena é o único lugar onde se assiste futebol no país que o vendedor ambulante pega uma nota de
R$ 50, não tem troco no momento, e o cliente fica esperando ele trocar...

De repente, o cara reaparece e devolve o teu dinheiro. Quem já foi ao Maracanã, Morumbi, Mineirão, Beira-Rio, La Bombonera, etc...sabe do que estou falando.

O Arena (o estádio) é o mais seguro de todos no Brasil. Pode levar sua mãe, seu pai de 80 anos que eles vão ficar tranqüilos para ver o jogo. Não tem problema nenhum com torcedores marginais que os outros estados têm em profusão.

Outra coisa: resolvi ir ao jogo quinze minutos antes de começar a partida. Cheguei em cima da hora. O Arena estava quase lotado. Não passei mais de um minuto para comprar o ingresso e, para entrar, foi uma moleza.

Ao fim do jogo achei meu carro às 20h no estacionamento lotado. Estava em casa escrevendo este texto, às 20h15min. De dá inveja aos torcedores do resto do Brasil.

Comodidade desse tipo somente nos estádios da Europa, os melhores, e nos estádios do futebol americano. No Brasil, o Arena da Floresta bate em todos em segurança, conforto e acessibilidade.

Mais e os mitos do Rio Branco?

O Estrelão perdeu o jogo por 2 a 1 para o Paysandu, de Belém.

Os apressados já falaram: ‘O Estrelão foi roubado na Arena.’ Nada disso.

Tive o cuidado de falar com o pessoal da TV Aldeia sobre o gol do Paysandu, que não teria entrado. O narrador Badaró me disse:

-Não dá para ter certeza se entrou ou não entrou. Para mim, entrou, mas não dá para dizer com absoluta certeza.

Ora, se nem a TV consegue esclarecer se a bola entrou imagina o bandeirinha e o árbitro que têm que decidir naquele momento, sem replay.

Mas criaram na imprensa do Acre, já faz algum tempo, que o time acreano é profissional. Em teoria, no cartório, sim. Na prática continua amador.

É o primeiro mito. O mito do profissionalismo.

O segundo mito: fizeram crer ao longo dos anos que alguns jogadores são excepcionais. É o caso de Testinha. que acredita ser o Pelé, o Zico, o Messi, o Rivelino, o Zidane.

Hoje o Rio Branco jogou com 10 jogadores. O ‘craque’ Testinha não viu a bola. Acho que tá na hora de outro assumir o seu lugar na equipe. O Estrelão ganharia em economia e rendimento em campo.

A imprensa esportiva do Acre não tem coragem de fazer uma única crítica a esse jogador Testinha...Não sei os motivos....Esse é o mito mais forte.

E o terceiro mito: a preparação física do time acreano tem que se profissionalizar. Condicionamento físico é ciência e os times do Acre, não somente o Rio Branco, estão na idade da pedra em preparação física.

Ou seja, não há estudos sendo feitos para a preparação física dos atletas de futebol do Acre.

A UFAC poderia ajudar nisso...Poderia, mas também nem se mexe.

O fato é que ainda estou chateado com a derrota do time do Acre para o Paysandu, que tem história e deverá estar na segunda divisão no próximo ano.

Com relação ao Estrelão, tá na hora de acabar com os mitos e encarar a realidade.






Um comentário:

Anônimo disse...

Concordo com você em tudo. E, ainda digo mais: Essa nossa imprensa, em vez de ajudar fica criando fantasias, achando que temos um super time, craques, etc. A pura realidade, é que ainda não retiramos a "fralda" do amadorismo.