sábado, 31 de dezembro de 2011


Point do Chico

Último dia de 2011.

Estamos na frente do Point do Chico Preto, o contador que ajudou Siqueira de Menezes a começar a fazer as contas do município há 107 anos.

Chico é uma figuraça..

Ele está à minha direita.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Antes no Principado

Amanhã, sexta, vou a Sena.

Tenho que ir...

É um dever cívico e uma vontade incontrolável mesmo.

Volto para a Virada do Ano...

E na terça sigo rumo aos Andes e depois Equador.

2012 apertando a campainha.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Feliz Natal....!!!

A todos os leitores deste blogzinho.

Sempre!!!
João Lucas

Meu filho de 20 anos pegou um ônibus neste fim de noite de sexta rumo a São Paulo...

Me pus contra a aventura em princípio, mas...

Fiz isso com a mesma idade..

Mas sabe como é...

Sempre achamos que eles não têm experiência e que vão ficar indefesos, etc, etc...

Tento me tranquilizar.

Vai dar tudo certo!

E antes que comecem as aulas na UFAC creio que estará de volta.

Estarei na mesma rodoviária para abraçá-lo, beijá-lo e dizer novamente:

Papai te ama muito!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Chalaman

Chala significa marihuana, maconha... Chalaman igual a'Homem-Chala'. Isso na Argentina.

A música é do grupo 'Los Abuelos de la nada', fácil de compreender, né?

Curta a música, mas não leve a sério o que diz a letra deste Regae, principalmente os primeiros versos.

A veces pienso que ya no me haces efecto
y digo: "En la calle te buscaré,
en la calle te encontraré,
no, no, no, no, no.

A veces me imagino tu cara en la multitud
y digo: "Que ya no te necesito,
que ya no te necesito"
Chalamán, rastafa,
esta noche vas a viajar,
esta noche vas a viajar en mi sidecar.

Cuando esté lejos sin pase para volver acá,
esa noche te llamaré,
esa noche te buscaré, uh.
Volverá, volverá
la canción del cielo


domingo, 18 de dezembro de 2011



Por que não?

A disputa para a prefeitura da capital já começou, mesmo que a justiça eleitoral (eleições deveriam ser geridas pelos partidos) ainda não tenha autorizado.

Vários nomes já estão sendo escalados. Uns para sondagens internas, outros com possibilidades médias, outros ainda para encher linguiça e poucos para disputar de verdade.

Um desses nomes com chance de disputa de verdade é Perpétua Almeida, que já foi referendada pré-candidata pelo PCdoB, partido que fundou a Frente Popular, a antiga aliança que dá sustentação ao governo do PT há mais de década no Acre.

O Partido dos Trabalhadores, por sua vez, pôs o seu nome na mesa: Marcos Alexandre, tocador de obras desde o governo Binho.

Desconhecido do público eleitor, ainda, ele pode vir a ser a aposta do PT para a prefeitura da capital.

E é aqui que está o fio escapelado - e discordante - entre os petistas e os comunistas.

O nome de Perpétua Almeida, estranhamente, excluído de uma sondagem eleitoral divulgada neste final de semana, é o nome mais forte (densidade) da Frente Popular hoje.

Seu nome já havia sido debatido na eleição passada para uma das vagas no Senado. Não emplacou. Reelegou-se deputada federal.

Agora o PCdoB avisa que vem com ela para prefeitura da capital.

Lideranças nacionais do partido com acento no Congresso, em conversas com parlamentares acreanos, asseguram que Perpétua 'será mesmo candidata à prefeitura de Rio Branco'.

E por que não? E por que não com o apoio do PT?

O PT, ao longo dos últimos 15 anos teve a primazia em indicar os nomes para os cargos majoritários à prefeitura da capital e ao governo do Estado. Não sem razão, pois sempre convenceu os aliados e eleitores que tinha o melhor nome.


No atual momento o PT não tem um nome de expressão política maior que o de Perpétua para a prefeitura mais importante do Estado. É fato.

Marcos Alexandre é um excelente executivo, como já disse, um tocador de obras, mas em termos eleitorais essa seria uma candidatura de risco. E o PT sabe disso.

Tá na hora da Frente Popular apostar num nome vibrante, com grande empatia popular. Que fale a lingua do povo.Que seja alegre, que brinque, que seja valente, competente e que não tenha medo das pessoas. Que ande na rua como todos os mortais.

A prefeitura de Rio Branco está precisando ser sacudida. Sair da sombra eterna do governo. Não menosprezar o apoio do governo, evidente, mas ter a sua própria cara, personalidade, marca, 'huella', como dizem os hispânicos..

Acredito que o PT, o PCdo B e os partidos da FP vão encontrar o melhor caminho - e o melhor nome - para enfrentar a oposição que se fortalece a cada dia.

A última eleição mostrou uma tendência inconformista no Acre...Uma tendência!

Perpétua pode atrair esse sentimento justo do povo e avançar rumo às novas conquistas para a cidade de Rio Branco.

domingo, 11 de dezembro de 2011

A reportagem investigativa da década

Luis Nassif

Fui ontem à coletiva do repórter Amaury Ribeiro Jr, sobre o livro que lançou.

Minha curiosidade maior era avaliar seu conhecimento dos mecanismos do mercado financeiro e das estruturas de lavagem de dinheiro.

Amaury tem um jeito de delegado de polícia, fala alto, joga as ideias de uma forma meio atrapalhada – embora o livro seja surpreendentemente claro para a complexidade do tema. Mas conhece profundamente o assunto.

Na CPI dos Precatórios – que antecedeu a CPI do Banestado - passei um mês levando tiro de alguns colegas de Brasília ao desnudar as operações de esquenta-esfria dinheiro e a estratégia adotada por Paulo Maluf. Foi o primeiro episódio jornalístico a desvendar o submundo das relações políticas, mercado financeiro, crime organizado.

No começo entendi os tiros como ciumeira de colegas pela invasão do seu território por jornalista de fora. Depois, me dei conta que havia um esquema Maluf coordenando o espírito de manada, no qual embarcaram colegas sem conhecimento mais aprofundado do tema.

Minhas colunas estão no livro “O jornalismo dos anos 90”, mostrando como funcionavam as empresas offshore, o sistema de doleiros no Brasil, as operações esquenta-esfria na BMF e na Bovespa, as jogadas com títulos estaduais.

Repassei parte desse conhecimento ao meu amigo Walter Maierovitch, quando começou a estudar esse imbricamento mercado-crimes financeiros e, depois, na cerimônia de lançamento do Sisbin (Sistema Brasileiro de Inteligência).

Mesmo assim, persistiu a dicotomia na cobertura: jornalistas de mercado não entravam em temas policiais e jornalistas policiais não conheciam temas financeiros. E a Polícia Federal e o Ministério Público ainda tateavam esse caminho.

Aos poucos avançou-se nessa direção. A Sisbin significou um avanço extraordinário na luta contra o crime organizado. E, no jornalismo, Amaury Ribeiro Jr acabou sendo a melhor combinação de jornalismo policial com conhecimento de mercado.

Quem o ouve falar, meio guturalmente, não percebe, de imediato, sua argúcia e enorme conhecimento. Além de ter se tornado um especialista nas manobras em paraísos fiscais, nos esquemas de esquentamento de dinheiro, tem um enorme discernimento para entender as características de cada personagem envolvido na trama.

Mapeou um conjunto de personagens que atuam juntos desde os anos 90, girando em torno do poder e da influência de José Serra: Riolli, Preciado, Ricardo Sergio, Verônica Serra, seu marido Alexandre Burgeois. É uma ação continuada.

Entendeu bem como se montou o álibi Verônica Serra, uma mocinha estreante em Internet, naquele fim dos anos 90, com baixíssimo conhecimento sobre tendências, modelos de negócios, de repente transformada, por matérias plantadas, na mais bem sucedida executiva da Internet nacional. Criou-se um personagem com toque de Midas, em um terreno onde os valores são intangíveis (a Internet) para justificar seu processo de enriquecimento. Mas todo o dinheiro que produzia vinha do exterior, de empresas offshore.

Talvez o leitor leigo não entenda direito o significado desses esquemas offshore em paraísos fiscais. São utilizados para internalizar dinheiro de quem não quer que a origem seja rastreada. Nos anos 90, a grande década da corrupção corporativa, foram utilizados tanto por grandes corporações – como Citigroup, IBM – para operações de corrupção na América Latina (achando que com as offshores seriam blindadas em seus países), como por políticos para receber propinas, traficantes para esquentar recursos ilícitos.

Ou seja, não há NENHUMA probabilidade de que o dinheiro que entrou pelas contas de Verônica provenha de fontes legítimas, formalizadas, de negócios legais.

Ao mesmo tempo, Amaury mostra como esse tipo de atuação de Serra o levou a enveredar por terrenos muito mais pesados, os esquemas de arapongagem, os esquemas na Internet (o livro não chega a abordar), os assassinatos de reputação de adversários ou meros críticos. É um modo de operação bastante tipificado na literatura criminal.

No fundo, o grande pacto de 2005 com a mídia visou dois objetivos para Serra: um, que não alcançou, o de se tornar presidente da República; o outro, que conseguiu, a blindagem.

O comprometimento da velha mídia com ele foi tão amplo, orgânico, que ela acabou se enredando na própria armadilha. Não pode repercutir as denúncias de corrupção contra Serra porque afetaria sua própria credibilidade junto ao universo restrito de leitores que lêem jornais, mas não chegam ainda à Internet.

Ao juntar todas as peças do quebra-cabeças e acrescentar documentos relevantes, Amaury escancara a história recente do país. Fica claro porque os jornais embarcaram de cabeça na defesa de Daniel Dantas, Gilmar Mendes e outros personagens que os indispuseram com seus próprios leitores. (Só não ficou claro porque o PT aceitou transformar a CPI do Banestado em pizza. Quais os nomes petistas que estavam envolvidos nas operações?)

E agora? Como justificar o enorme estardalhaço em torno do avião alugado do Lupi (independentemente dos demais vícios do personagem) e esconder o enriquecimento pessoal de um bi-candidato à presidência da República?

Mesmo não havendo repercussão na velha mídia, o estrago está feito.

Serra será gradativamente largado ao mar, como carga indesejada, aliás da mesma forma que está ocorrendo com os jornalistas que fizeram parte do seu esquema.

A CPI dos Precatórios

No PDF, o livro “O jornalismo dos anos 90”.  A partir da página 147, minhas colunas sobre a CPI dos Precatórios, onde já se revelava todo o imenso esquema do crime organizado no país, os doleiros, a operação em Foz do Iguaçu, as concessões do Banco Central etc.

A ironia da história é que, em determinado momento, consegui convencer o banqueiro Fábio Nahoum – testa de ferro do Maluf – a passar informações ao relator da CPI, senador Roberto Requião. Como testemunhas do encontro, a repórter Mônica Bérgamo – que teve um comportamento impecável quando Requião e alguns colegas de Brasília tentaram desqualificar minhas revelações – e o então senador José Serra.

Não podia imaginar que um dos esquemas que operava na região era do próprio Serra.

sábado, 10 de dezembro de 2011


Esquecidos

Moradores do distrito de Extrema - povoado às margens da BR-364 entre o Acre e Rondônia - começam a se mexer com vistas à próxima eleição, no ano que vem.

Encabeçado por professores do lugarejo, está em gestação um movimento pelo voto nulo em 2012 e também 2014 se nada for feito pela comunidade.

Extrema, que um dia foi disputada pelo Acre, ficou mesmo com Rondônia que a trata com desprezo completo.

A qualidade de vida em Extrema é de quarto, quinto mundo.

São brasileiros esquecidos pelo Estado Brasileiro.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011


Jorge Viana assumiu

O senador fez nessa terça (o post feito já na quarta) o seu melhor pronunciamento na tribuna do Senado.

Falou como um senador do Brasil.

Mostrou, no entanto, que a régua e o compasso continuam sendo acreanos.

A aprovação do Código Florestal pelo Senado foi o seu teste de fogo na Casa Legislativa mais ensaboada do país.

Jorge agora tomou posse no Senado. De fato.

domingo, 4 de dezembro de 2011


Sócrates, diferente


Ele foi distinto de todos os outros craques.

Não sabia apenas jogar futebol.

Tinha consciência das coisas do mundo em que vivia.

Em plena Copa do Mundo do México, em 86, fez protesto contra as mazelas do mundo.

Abro um colchete sobre 1982.

[Em 82, com aquele timaço - para mim o melhor de todos - foi a única vez que me emocionei com o futebol.

Tinha apens 19 anos e fiquei dias entalado com a desclassificação da Seleção de Telê.

Nós perdemos, mas o mundo havia conhecido a mais pura e linda forma de jogar futebol.]. Fecho o colchete.

Escreve Sócrates tempos depois:

-Em 1986, no México, encontrei uma forma de me manifestar contra algumas mazelas sócio-políticas muito importantes para a humanidade. A cada jogo do qual participamos na Copa do Mundo daquele ano eu entrei com uma faixa na cabeça expondo minhas preocupações.

E conclui:

-Hoje, ao ver a campanha mundial contra o racismo assumida pela Fifa, sinto-me extremamente satisfeito com as mudanças filosóficas que este meio veio a assumir.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

'The thrill is gone'

Em tradução livre, algo como 'a emoção indo embora...'

É um desabafo com as decepções da vida.

Mas no fim ele diz com uma grandeza de dar inveja:

'All I can do is wish you wel'

Ou, 'Tudo que eu posso fazer é desejar o seu bem'