domingo, 4 de dezembro de 2011


Sócrates, diferente


Ele foi distinto de todos os outros craques.

Não sabia apenas jogar futebol.

Tinha consciência das coisas do mundo em que vivia.

Em plena Copa do Mundo do México, em 86, fez protesto contra as mazelas do mundo.

Abro um colchete sobre 1982.

[Em 82, com aquele timaço - para mim o melhor de todos - foi a única vez que me emocionei com o futebol.

Tinha apens 19 anos e fiquei dias entalado com a desclassificação da Seleção de Telê.

Nós perdemos, mas o mundo havia conhecido a mais pura e linda forma de jogar futebol.]. Fecho o colchete.

Escreve Sócrates tempos depois:

-Em 1986, no México, encontrei uma forma de me manifestar contra algumas mazelas sócio-políticas muito importantes para a humanidade. A cada jogo do qual participamos na Copa do Mundo daquele ano eu entrei com uma faixa na cabeça expondo minhas preocupações.

E conclui:

-Hoje, ao ver a campanha mundial contra o racismo assumida pela Fifa, sinto-me extremamente satisfeito com as mudanças filosóficas que este meio veio a assumir.

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