segunda-feira, 27 de abril de 2009


Cotidiano



Vale à pena ler o texto do Dimenstein de domingo, que, na Folha, sempre foi o meu jornalista preferido dos anos 80 e 90.


Quem quer ser um político?




Por GILBERTO DIMENSTEIN



NA QUARTA-FEIRA passada, o rapper Afro-X cumpriu seu último dia de uma pena de 14 anos -sete deles no Carandiru e o restante em liberdade condicional- por assalto à mão armada. Comemorou a data lançando uma autobiografia, intitulada "Ex-157", para tentar explicar como um jovem é seduzido pelo crime. Entre as inúmeras razões, segundo ele, destaca-se o político brasileiro. "Eles transmitem a sensação de que o crime compensa. São tantas as acusações e parece não acontecer nada."

Afro-X escreveu o livro para mostrar que, pelo menos para os pobres, a criminalidade invariavelmente acaba em três "C"s: cadeia, cadáver ou cadeira de rodas. "Quando entrei para a bandidagem, tinha certeza de que, com minhas armas e dinheiro, sempre ia me safar."
Uma pesquisa realizada pelo Datafolha no ano passado mostra que essa visão é disseminada em toda a juventude brasileira, rica ou pobre -e acaba provocando um descrédito à democracia, ojeriza à política e até tolerância com a desonestidade. Na visão dos brasileiros entre 15 e 25 anos, a desonestidade, segundo o Datafolha, está em primeiro lugar, empatada com a violência, na lista dos maiores problemas brasileiros. Vence, com folga, o desemprego e a miséria.

Essa pesquisa é especialmente valiosa diante da enxurrada de notícias sobre desvios que se acumularam nas últimas semanas. Quanto menor a mazela, mais compreensível pelos cidadãos -e, por isso, gera ainda mais indignação. Misturam-se num só saco abusos com passagens áreas que envolveram de Adriane Galisteu a Fernando Gabeira, em meio a denúncias de que gabinetes de parlamentares negociavam bilhetes como se fossem agências de viagem.

Revelou-se que estudantes de famílias ricas foram beneficiários das verbas do Prouni -algumas delas teriam carros importados. Um ministro é acusado de ter um motorista particular pago pelo Senado; um deputado manteria sua empregada doméstica na folha de pagamentos da Câmara. Para completar, o presidente do Supremo Tribunal Federal é acusado, em atrito durante uma sessão transmitida ao vivo, de ter capangas em terras do interior do país.

Todas essas notícias, recorrentes há tantos anos, ajudam a explicar a mais trágica das respostas dos jovens ao Datafolha: 74% não têm "nenhum" interesse em participar dos partidos. Outros 18% disseram que teriam "pouco" interesse.

A pergunta óbvia: como poderemos ter uma democracia representativa se a elite do país não se interessa pelos partidos? Se a percepção dos jovens, como demonstra a pesquisa, é a de que a atividade política está atolada irremediavelmente na lama, quem se interessaria em ser deputado ou senador? Talvez aqueles interessados em tirar proveito da vida pública? Entraríamos num círculo vicioso em que os honestos não fazem política porque seria um campo dominado por ladrões -mas, sem os sérios para ameaçá-los, os picaretas não correriam risco de perder suas vagas.

Estamos metidos num impasse que apenas um segmento pode liderar: os próprios políticos. Mas, por enquanto, pouca gente, especialmente jovem, parece disposta a ouvi-los.

PS - Morei 13 anos em Brasília, onde vivem os bastidores da política. Não acredito que a situação esteja pior do que antes. Não é a política que ficou mais ou menos desonesta, mas o país que ficou mais atento.

Disseminaram-se, em todos esses anos, vários mecanismos de controle, ampliados pelas novas tecnologias de informação. Antigamente, havia diversos orçamentos, com imensa liberdade de ação ao Executivo.

A farra dos bancos oficiais e das estatais era várias vezes maior do que hoje -até porque havia mais bancos e estatais. O Ministério Público só ganhou poderes, de fato, na democracia.

Criaram-se marcos históricos como a Lei da Responsabilidade Fiscal. É muito mais fácil hoje acessar, destrinchar e divulgar detalhes das contas públicas.

O sistema democrático fez muito mais para controlar os recursos públicos, denunciando e até punindo falcatruas, do que o regime militar. Foi nesse ambiente que se conseguiu compatibilizar liberdade, estabilidade econômica e crescimento com um início de distribuição de renda.

Essa parte da história, feita por políticos sérios, também precisa ser contada, para que os mais jovens não desacreditem da democracia e da política.

sábado, 25 de abril de 2009

foto: Reuters

Cravos
portugueses



'Passaram 35 anos, 420 meses, 1826 semanas, 12784 dias ou 306816 horas. Este é o tempo de liberdade que Portugal já viveu desde a Revolução dos Cravos, a 25 de Abril de 1974. Não demoraria 20 anos para mudar o mundo' [DN].


Neste sábado, 25, comemorou-se em Portugal o Dia da Liberdade. Em 74, nesta data, um movimento de militares pôs fim à ditadura de Marcelo Caetano, a continuação, pode-se afirmar - da ditadura de Antônio Salazar, que começou na década de 20.


E os cravos?


Essas flores foram dadas aos soldados, que a puseram no cano de suas armas.


E assim virou a Revolução dos Cravos.

quinta-feira, 23 de abril de 2009


Joaquim Barbosa

Eu já o admirava. A partir de agora vou admirá-lo ainda mais o ministro do STF, Joaquim Barbosa. Honrou o cargo que ocupa. Nem tudo está perdido no Brasil.

Leia embaixo a matéria do 'Jornal da Globo':

Oito ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) divulgaram uma nota na noite desta quarta-feira (22) em que reafirmam a confiança e o respeito pelo presidente do STF, Gilmar Mendes, após a discussão entre ele e o ministro Joaquim Barbosa.

O STF julgava a partir de quando passaria a valer a decisão que tirou os funcionários de cartórios no Paraná do regime de previdência do estado. A discussão começou quando, irritado, o ministro Joaquim Barbosa disse que a questão não tinha sido debatida suficientemente.

Barbosa: “eu acho que o segundo caso prova muito bem a justeza da sua tese. Mas a sua tese, ela deveria ter sido exposta em pratos limpos. Nós deveríamos estar discutindo”.

Mendes: “ela foi exposta em pratos limpos. Eu não sonego informação. Vossa Excelência me respeite. Foi apontada em pratos limpos”.

Barbosa: “não se discutiu a lei”.

Mendes: “se discutiu claramente”.

Barbosa: “não se discutiu”.

Mendes: “se discutiu claramente e eu trouxe razão. Vossa Excelência... talvez Vossa Excelência esteja faltando às sessões”.

Barbosa: “eu não estou...”.

Mendes: “tanto é que Vossa Excelência não tinha votado. Vossa Excelência faltou a sessão”.

Barbosa: “eu estava de licença, ministro”.

Mendes: “Vossa excelência falta a sessão e depois vem...”.

Barbosa: “eu estava de licença. Vossa Excelência não leu aí. Eu estava de licença do Tribunal”.

Outros ministros passaram a debater a ação. Mas poucos minutos depois a discussão áspera entre os dois recomeçou.

Mendes: “se Vossa Excelência julga por classe, esse é um argumento...”.

Barbosa: “eu sou atento às consequências da minha decisão, das minhas decisões. Só isso”.

Mendes: “Vossa Excelência não tem condições de dar lição a ninguém”.

Barbosa: “e nem Vossa Excelência. Vossa Excelência me respeite, Vossa Excelência não tem condição alguma. Vossa Excelência está destruindo a Justiça desse país, e vem agora dar lição de moral em mim? Saia à rua, ministro Gilmar. Saia à rua, faz o que eu faço”.

Carlos Ayres Britto: “ministro Joaquim, nós já superamos essa discussão com o meu pedido de vista”.

Barbosa: “Vossa Excelência não nenhuma condição”.

Mendes: “eu estou na rua, ministro Joaquim”.

Barbosa: “Vossa Excelência não está na rua não, Vossa Excelência está na mídia, destruindo a credibilidade do Judiciário brasileiro. É isso”.

Britto: “ministro Joaquim, vamos ponderar”.

Barbosa: “Vossa Excelência quando se dirige a mim não está falando com os seus capangas do Mato Grosso, ministro Gilmar. Respeite”.

Mendes: “ministro Joaquim, Vossa Excelência me respeite”.

Marco Aurélio Mello: “presidente, vamos encerrar a sessão?”.

Barbosa: “digo a mesma coisa”.

Marco Aurélio: “eu creio que a discussão está descambando para um campo que não se coaduna com a liturgia do Supremo”.

Veja a discussão aqui


terça-feira, 21 de abril de 2009

Os bobos de Xapuri


Duas notinhas:


A primeira.


Dias desses, eu e minha mulher Diana descíamos a Getúlio Vargas – era um final de semana, se não estou errado – e vimos um casal de turistas saltando de um carro bem em frente à Casa Natal.


Quando desceu do veículo o homem avistou a estátua do Chico Mendes e começou a pular de alegria, a esfregar as mãos. Parecia que nem acreditava que estava se aproximando do maior líder de seringueiros que o Acre, o Brasil, e o mundo já viram. Mal pode esperar a sua companheira atravessar a rua tal era sua ansiedade em ver de perto, mesmo que em bronze, o acreano que ajudou a mudar a agenda do mundo.


Eu e Diana seguimos felizes da vida de sermos do Acre. Ganhamos o dia.


A segunda nota, é chocante.


Meu filho João Lucas, um jovem de 18 anos - ia passando por um desses restaurantes de beira de esquina da capital, vestindo uma camiseta com a imagem de Chico Mendes, quando uns caras que almoçavam o chamaram e se apresentaram como ‘moradores de Xapuri’. Perguntaram a ele por que usava aquela blusa.


Antes de meu filho esboçar alguma reação e responder qualquer coisa os bobos de Xapuri começaram a enxovalhar Chico Mendes, o acusando de absurdos que nós todos já estamos acostumados a ouvir e a não dizer nada, na maioria das vezes. O nível dos argumentos usados para intimidar meu filho foi muito baixo. Resultado: isso confundiu ou pelo menos fez meu filho me questionar sobre quem tinha sido mesmo Chico Mendes.


Falei a ele que os ataques a Chico Mendes fazem parte de uma luta política que se trava no Acre e na Amazônia atualmente – hoje com mais intensidade. Uma luta ideológica. E que essas pessoas que o abordaram, esses bobos de Xapuri [não sei se são mesmo de lá] não sabem ou não querem reconhecer a importância de Chico para o Acre, o Brasil e o mundo. Independente dos seus problemas que teve como pessoa – bastante ressaltados pelos bobos de Xapuri – Chico Mendes ajudou o Acre a chamar à atenção para o problema do ambiente. E, que, mesmo assassinado pelos opositores da floresta ele continua ajudando o Acre a seguir em frente. O Acre mudou graças a Chico Mendes. Não é frase feita. É fato.


Constato ainda que esses adversários do ambiente, defensores do modelo rondoniense de ‘prosperidade’, estão se agigantando no Acre. Meu filho ficou em dúvida depois dessa conversa com esses reacionários – seriam trogloditas? - de Xapuri.


Por fim, disse a meu filho que ele precisava estudar mais esse assunto para entender melhor sobre as necessidades do planeta e dessa luta ideológica, política, que se trava no dia-a-dia aqui no Acre e na Amazônia.


Sinceramente: fiquei preocupado que pessoas que se dizem de Xapuri ainda não conseguiram compreender o significado de Chico Mendes para as suas vidas e a vida no Acre. Para esses o que valeu mais foi a vida pessoal, repleta de ‘defeitos’ que Chico Mendes possivelmente levou enquanto estava vivo. A causa e a bandeira que ele empunhou, essas, não valeram absolutamente nada para os bobos de Xapuri.


Decidi: vou comprar uma camiseta com a imagem de Chico Mendes.




O amigo Sérgio Souto viu a foto da menina que faz pão e lembrou de uns versos e enviou...tá aí embaixo
.


Olhos d'alma



Por Sergio Souto


Há um rio
cor de caque


Uma curva turva
de silêncio


Curumins de Deus
pastoram o templo


Abandono
paraiso sem dono.


Há um sol
brilhando intenso


Luz de zinco
Um verde denso
Nos olhos d'alma.


Barrancos, troncos
solavancos


Carapanãs de fazer
Curupira pular dos tamancos.


Santa Rosa do Purús
Grita a tua voz
Por este mar
De floresta e luz.


domingo, 19 de abril de 2009

sábado, 18 de abril de 2009



Garagem do Faustão


O acreano\paulistano Sérgio Tabu, o nosso Taboada, está de volta a sua luta para emplacar uma música no programa da Globo.


Clique aqui e assista, e depois vote na música 'Vida Engarrafada'.


Boa sorte, Tabu!

quinta-feira, 16 de abril de 2009



'Um tiro, dois mortos'


A nova moda em Israel



Por Lejeune Mirhan



Já deveria ter tratado deste assunto em colunas anteriores, mas outros temas me ocuparam. O mundo tem assistido, ainda impassível, à divulgação de uma nova onda fashion adotada em especial por soldados israelenses. Camisetas de vários tipos, com imagens discriminadoras e agressivas contra palestinos, mulheres e crianças, provam o racismo e a discriminação existentes na sociedade degenerada que se tornou Israel.


Na semana que iniciou em 23 de março, o maior jornal – e muito respeitado inclusive – de Israel, o Haaretz estampou manchete que estarreceu boa parte do mundo: uma nova moda está fervendo entre soldados do exército de Israel. Trata-se de usar camisetas com dizeres discriminadores e agressivos contra os palestinos, um povo dominado e agredido desde o início do século 20, pelo menos.


Ainda que não seja uma orientação oficial do exército e das forças armadas, a notícia menciona o fato que a maioria dos oficiais não só autoriza o uso como estimula que seus soldados adquiram essas camisetas. Uma confecção próxima da cidade de Tel Aviv informa que não estava vencendo a produção dessas camisetas.


As estampas variam nas camisetas, todas coloridas, algumas usando fotos e outras usando desenhos e ilustrações. A que mais chocou o mundo é a que diz “Um tiro, dois mortos”. O desenho é uma palestina grávida na mira de um fuzil israelense. Ou seja, com apenas um disparo, o soldado mataria de uma só vez dois palestinos. Essa camiseta surgiu no batalhão Shaked da Brigada Givati.


Mas, existem outros tipos de estamparia. Também chocam as camisetas com fotos de crianças palestinas mortas, mulheres palestinas chorando em túmulos de seus parentes e uma delas mostra um soldado israelense jogando uma bomba em uma mesquita. A camiseta com a criança morta aparece próxima à sua mãe e ao seu lado um ursinho de pelúcia. Cenas macabras que viram moda em peitos de jovens israelenses.


Num curso de franco atiradores do exército, há uma camiseta singela. Mostra um bebê palestino, depois um jovem combativo e depois um adulto armando e em seguida a frase: “Não importa como começa, nós colocaremos um fim nisso”. Um batalhão chamado Lavi, de treinamento de jovens soldados, há uma camiseta de apelo sexual. Uma delas mostra um desenho de uma jovem palestina, machucada, ferida, com a frase: “aposto que te violaram!”.


Uma camiseta que chegou a ser muito comum em anos anteriores, mas foi proibido pelo exército é a que diz “Não nos tranqüilizaremos enquanto não tivermos confirmado o morto”, ou como quem diz, mesmo depois de ferido, um palestino combatente da resistência deve ser assassinado mesmo que já imobilizado. Mesmo proibidas, essas camisetas são usadas por soldados do batalhão Haruv. Outra diz assim: “Que toda mãe árabe saiba que a vida de seu filho está em minhas mãos”, mostrando a foto de um soldado israelense apontando seu fuzil para um jovem ou criança palestina. Essa foi impressa às centenas, ainda que também tenha sido oficialmente proibida.


Essas camisetas são preparadas ao término de cada curso do exército de Israel, seja de novos soldados, da infantaria ou de franco atiradores, que são considerados a elite dos soldados pois possuem um “rendimento” elevado em termos de mortes de soldados inimigos. No caso, os inimigos são o povo palestino. Cada nova turma cria um novo desenho, uma nova estamparia. Os oficiais superiores dessas turmas fazem com que os cadetes e soldados em preparação as usem para que possam ir se familiarizando com suas condutas futuras, matar indiscriminadamente palestinos. É como se esse processo fosse parte de uma lavagem cerebral. No entanto, a grande maioria dos soldados israelenses usa essas camisetas com o maior orgulho.


Porque isso ocorre?


Camiseta como essa não é causa, mas sim consequência de um problema maior, de fundo. A base da sociedade e do Estado de Israel é profundamente racista, discriminadora. Aqui usamos o termo “racista”, como é empregado de forma usual no movimento negro, no Brasil e no mundo, mais como sinônimo de discriminador. Nada tem a ver com raça, pois reconhecemos apenas uma raça na terra, que é a humana.


Israel é um Estado judeu. Essa é a sua essência e não importa qual governo, seja de extrema direita ou dito de esquerda ou social-democrata, ele será sempre judeu. Assim, essas camisetas amplamente vendidas, de forma legal, em lojas da moda e usadas com orgulho pela maioria dos soldados, é parte de um fenômeno que tem na sua origem uma concepção de criação de um estado que nega a existência de um povo, que é o palestino, habitante da Palestina há milhares de anos. Essa é a essência do sionismo político.


Há muitos anos um documento da Organização Internacional do Trabalho – OIT, organismo do Sistema das Nações Unidas e muito respeitado em todo o mundo pelos seus estudos e pesquisas, publicou um trabalho mencionando as diferenças salariais existentes entre trabalhadores judeus e palestinos que moram em Israel. Tais diferenças ultrapassavam, em alguns casos, a 50%, ou seja, um trabalhador palestino ganha apenas metade do que ganha um trabalhador judeu para as mesmas funções. Mas, aqui ocorre uma segunda discriminação. Os trabalhos reservados aos palestinos são de segunda categoria, para funções e profissões de menor remuneração (pedreiros, faxineiros entre outras). Mas se não bastasse ganhar menos, muitas vezes os palestinos nem sequer conseguem chegar aos seus locais de trabalho, tamanhas são as exigências de locomoção, passar pelos chamados check points existentes às centenas por todo Israel. Para entrar no trabalho às 8h, um palestino deve sair de casa pelo menos quatro horas antes e mesma coisa para retornar. Uma verdadeiro martírio.


Por fim, não poderia deixar de mencionar uma das maiores provas que o Estado de Israel é um estado que discrimina pessoas. Trata-se da forma como as carteiras de identidades são confeccionadas e expedidas. Em todo os países do mundo, uma carteira emitida por um estado informa dados básicos de uma pessoa como, nome completo, filiação, data e local de nascimento e onde ela foi expedida. Pouca coisa mais do que isso. Em Israel, as carteiras teem uma informação adicional, que é vital para que uma pessoa seja tratada como cidadão ou como pessoa de segunda classe que é a informação sobre a religião ou etnia. Assim, se a pessoa se declarar “judeu” (e isso tem que ser provado até a quarta geração ascendente), ela terá todos os direitos básicos. Mas, se declarar-se muçulmano, cristão, ou árabe, será sempre considerado cidadão de segunda categoria.


Lamentável que isso ocorra, e aos olhos de todo o mundo, que nada faz.

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Lejeune Mirhan, Presidente do Sindicato dos Sociólogos do Estado de São Paulo, Escritor, Arabista e Professor Membro da Academia de Altos Estudos Ibero-Árabe de Lisboa, Membro da International Sociological

quarta-feira, 15 de abril de 2009



João Lucas, 18


Ele completa hoje 18 anos de idade. Tudo o que posso querer é que siga por bons caminhos em sua vida.


E os bons caminhos são estudar e fazer o bem às pessoas e a si mesmo.


Saúde! Felicidades! são os votos do seu pai.

domingo, 12 de abril de 2009


Copa do Brasil



Não deu no Fla - Flu deste domingo. O time foi mal escalado no primeiro tempo e ainda levou um frangaço.


Vamos vencer agora a Copa do Brasil.


É a competição que o Flu vai atrás.


E disputar a Libertadores do próximo ano. Para vencer desta vez.

sábado, 11 de abril de 2009


Nova Teoria da Chuva...


...divide cientistas


MARCELO LEITE
COLUNISTA DA FOLHA

Uma ideia simples, e que não parece nova, pôs climatólogos em pé de guerra. Os físicos russos Anastassia Makarieva e Victor Gorshkov propuseram em 2006 que só a presença de florestas explica por que chove muito em áreas longe da costa, como o interior da Amazônia, e foram quase ignorados. Agora o debate começa a pegar fogo.

A explosão da controvérsia teve estopim duplo. No front especializado, um artigo elogioso de Douglas Sheil e Daniel Murdiyarso, do Centro Internacional de Pesquisa Florestal (Cifor, sediado na Indonésia), na edição de abril do periódico científico "BioScience". No front leigo, uma reportagem de Fred Pearce na revista de divulgação "New Scientist".

A reação padronizada de meteorologistas diante da hipótese russa é dizer que todos já sabem da influência das florestas na precipitação. Seus modelos predizem que o desmatamento reduz em cerca de 20-30% as chuvas de uma região. O debate motivou troca de e-mails ácidos entre cientistas brasileiros.

Makarieva e Gorshkov (M&G, para abreviar) afirmam que essa redução, contudo, pode chegar a 95% e transformar o local num deserto. Para eles, foi o que aconteceu na Austrália com a chegada de humanos, há 50 mil anos, e a subsequente redução das florestas.

Nessa diferença percentual está a controvérsia. Para M&G, do Instituto de Física Nuclear de São Petersburgo, a força da evaporação é um dos principais motores da circulação atmosférica, vale dizer, dos ventos que movem a chuva -mecanismo apelidado de "bomba biótica".
A adversários dizem que a força da bomba está no gradiente de temperatura provocado por diferenças na incidência e absorção de radiação solar entre regiões, a teoria padrão.

No esquema tradicional, ventos transportam massas de ar acima do oceano -onde são carregadas de umidade por evaporação, sob efeito do sol- para a terra. Só que com esse mecanismo, a quantidade de chuva deveria diminuir no interior do continente, à medida que a costa fica mais longe. Não é o que ocorre em muitas partes do mundo, como a Amazônia, em cuja porção ocidental chove tanto ou mais que no litoral.

Para M&G, a explicação vem da própria floresta (por isso a bomba seria "biótica", viva). Por meio da transpiração, as plantas liberam vapor d'água na atmosfera. Conforme o vapor sobe, encontra camadas de ar frio e se condensa em gotículas, formando nuvens.

Na transição da forma gasosa para a líquida, a água diminui de volume, deixando um "vazio" no ar, diminuindo sua pressão. Isso faz com que o ar mais abaixo, onde a pressão é relativamente mais alta, seja sugado para cima, arrastando com ele o ar mais úmido, do oceano ou da própria floresta adjacentes. Uma bomba de elevar vapor, que produz chuva.

Polêmica fraterna
"Se sobreviver ao escrutínio, esta hipótese transformará o modo como vemos a perda de florestas, a mudança climática, a hidrologia e os serviços ambientais", escrevem Sheil e Murdiyarso. "Também oferece uma motivação poderosa para a conservação florestal."
"Há anos vínhamos tentando quebrar a resistência dogmática dos meteorologistas", conta o biogeoquímico Antonio Donato Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Ele é o principal promotor da conjetura M&G no Brasil e já entrou em polêmica por causa disso até com seus irmãos meteorologistas, Carlos e Paulo.

As equações e cálculos de M&G, com base só na presença ou ausência de matas no litoral, parecem acomodar melhor o que se observa no norte da África e na Amazônia. Graças à vegetação, os 8 milhões de km2 de floresta amazônica bombeiam a cada dia 20 trilhões de litros de água para a atmosfera.



[publicado originalmente na Folha de S. Paulo]

terça-feira, 7 de abril de 2009

Tabu de novo


Sérgio Taboada. Ele não pára.


Agora aposta na nova música - Vida engarrafada - que está concorrendo no 'Garagem do Faustão', e que pode ser ouvida aqui

Terça infernal



O dia na Penitenciária Estadual de Rio Branco não deve ter sido fácil.


No começo da tarde de hoje um priosioneiro famoso por estar envolvido na morte em 1997 de um médico conhecido no Acre foi encontrado morto.


Suicídio? É o que parece.

Aguente...!




Até as eleições 2010 a política no Acre será assim: quanto mais cheiro de enxofre melhor.


Na luta pelo poder vale tudo...


De todos os lados...

Itália


Todos os roteiros levam a Roma e nas últimas horas todos os olhos se voltam para a Itália. Um terremoto de 6,3 na 'escala Richter' sacuiu o centro do país matando por hora mais de 150 e ferindo milhares.


Toda solidariedade é pouco neste momento.

domingo, 5 de abril de 2009


Como?




Vi no sábado uma matéria do gerente do Ibama afirmando que 'o Acre não perdeu o Instituto Chico Mendes para Rondônia'.


Na mesma matéria de A Gazeta [consequência da primeira publicada sobre o assunto em www.oestadoacre.com, que pos a boca no mundo e avisou que o Acre tinha levado uma rasteira e perdido a Coordenação do ICM], o chefe do Ibama diz que 'foi uma vingança' o fato de Rio Branco ter sido preterida em favor de Porto Velho.


Das duas uma:


Se o Acre não perdeu o ICM para Rondônia, também não houve perseguição, como afirma o Ibama do Acre.


Para ter havido 'perseguição', terá que ter tido uma disputa qualquer entre os estados para ver quem detinha a Coordenação em sua capital. Em disputa alguém sempre sai perdendo ou ganhando.


E o Acre levou, sim, um golpe de Brasília, sem dúvida. Pior para o ambiente.

quinta-feira, 2 de abril de 2009


Para matar de inveja



Por esta o sociológo FHC e o 'Demo' não esperavam.


Se não viu veja agora o que disse o Obama com o presidente do Brasil.


Lula fez que não entendeu.


Clique aqui

quarta-feira, 1 de abril de 2009