quinta-feira, 4 de dezembro de 2008


Três discursos


Na audiência de quarta, 3, na Aleac, que debateu o Orçamento 2009, três opiniões chamaram atenção no meio dos números: as opiniões dos secretários Gilberto Siqueira, Mâncio Cordeiro, e a do presidente da Assembléia Legislativa, deputado Edvaldo Magalhães.


Um acha que a crise financeira no mundo não vai afetar em nada a economia e os planos do governo Binho até 2010. O outro pede cautela com os gastos porque a crise se aproxima rápido. E o último radicaliza com uma proposta no mínimo inédita: Explico:


Gilberto Siqueira confia nos recursos de organismos nacionais e internacionais para segurar o nível de investimentos no Acre. 'O PAC do Acre não será afetado'.


Mâncio Cordeiro acha que as despesas de custeio da máquina precisam ter ' fiscalização total e equilíbrio' e repetiu o discurso da equipe econômica de Lula de que 'o crescimento do país deve ser de 4%'. Na realidade não deve chegar a 3,5%. 'Espero que a crise vá embora', afirmou.


Aí o presidente da Assembléia gostou da conversa e propôs uma rediscussão dos índices de repasse para os poderes, que terão acréscimo de pelo menos 29%. O aumento na receita do Estado proporcionará esse aumento. Edvaldo Magalhães defende percentuais menores e sugere 'uns dois meses de debate' sobre a proposta, enquanto o presidente eleito do TJ, Pedro Ranzi, sentado à sua frente, junto a atual presidente, Izaura Maia, assentia balançando a cabeça.


No final, Gilberto Siqueira tentou explicar que sua opinião e a de Mâncio não tinham diferenças. Claro que têm. É a velha diferença da ala desenvolvimentista com a ala que defende o controle canino dos gastos públicos.


O orçamento 2009 é da ordem de R$ 2,6 bilhões, 30% maior que o deste ano.

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