segunda-feira, 8 de outubro de 2007

As primeiras lágrimas na Arena


Vi tudo da cabine da Difusora, como convidado do Fernandes, o comentarista. Não deu: o Estrelão começou bem o jogo e, quando tudo parecia que ia ser uma tarde-noite de glória, eis que surge o imprevisível, o deus eterno dos gramados do futebol.

Se no Maracanã o Sobrenatural de Almeida fez o FLU deitar e rolar em cima do urubu, por aqui os orixás da Bahia mostraram que ainda sabem fazer uma boa mandinga. E olha que só mandinga da boa mesmo é que pôde evitar que o Rio Branco ganhasse o jogo do ABC [O a O]. Foram 13 minutos de excelente futebol do Estrelão no primeiro tempo.

Depois do pênalti perdido por Testinha, que foi displicente ao cobrar colocado [poderia ter sido pragmático e chutado mais forte e, claro, colocado] o ABC equilibrou o jogo e viu que o bicho [o Estrelão] não era lá essas coisas.

Foi um primeiro tempo pedagógico, mas os comandantes do time acreano não compreenderam o recado.

Vou abrir um parêntese:(Esse jogo com o ABC, valendo praticamente vaga na Segundona de 2008, não foi entendido pelos dirigentes do Estrelão nem pelos atletas como deveria.

(Eles não perceberam que do outro lado estava o Bahia, tradicional clube brasileiro e que a CBF torcia para que passasse para a fase final da competição. Não foi dito aos jogadores do Estrelão que o adversário principal não era o ABC, mas sim o Bahia e toda sua história.

(Bem, vou fechar o parêntese escrevendo o que ouvi de um repórter acreano, o Paulinho Henrique, da Difusora\Tribuna\TVAcre: ‘O Rio Branco vai deixar de ganhar mais de R$ 1 milhão com essa desclassificação’. É verdade). Fechado o parêntese.

Pois bem: se tivesse se preparado psicologicamente para esse jogo contra o ABC o Rio Branco teria saído com a vaga assegurada para o octogonal. Tudo estava preparado para a glória. Menos a cabeça dos comandantes e dos comandados do Estrelão. Não perceberam o tamanho da batalha nem os atores e os interesses envolvidos nela. Fica a lição.

Sinceramente, acho que o Estrelão não jogou mal. Jogou, isso, sim, enfeitando demais. Com muito preciosismo na hora de pôr a bola para dentro. Não foram poucas as vezes que os atacantes estrelados tentaram gols de letra. Numa situação dessas, primeiro se convertem os gols que se precisa, depois, se der, vêm as jogadas de efeito para a galera.

Mas, enfim, esse empate de domingo foi o primeiro revés de um time acreano dentro da Arena que mexeu com os nossos brios de primatas locais. Todos nós esperávamos sair dali com a vitória em cima do ABC. Foi triste ver milhares caminhar calados sem saber o que dizer depois do jogo. Eu mesmo saí abatido. E olha que o FLU acabava de dar uma surra no urubu em pleno Maraca lotado.

Outras batalhas virão. E saberemos fazer diferente.

[Post Scriptum: [O governador Binho bateu palmas depois do jogo para o Estrelão. Fez bem.]

3 comentários:

Kąરlચş K૭ş┼ą disse...

Caro Braña, ao ler seu equilibrado e sincero texto,eu, como torcedor do ECB, felicito-lhe pelas palavras, pois em momento algum o Sr. não insinuou que houve falcatruas ou fatos tendenciosos que visassem a eliminação do time do Rio Branco. Reconheço toda sua tristeza e dos torcedores do valente e jovem time do Rio Branco.

Anônimo disse...

baeeeeeeaaaaaaaa porraaaaaaaaaaaaa

vai aprender a jogar futebol cambada

Anônimo disse...

o rio branco pecou pela sua injenuidade, achou que seria mais um jogo normal, todos, a excessão do povo acreano queriam que o bahia passasse ( a cbf, a TV por assinatura, os patrocinadores etc...)espero que tenham aprendido a lição.