quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Seu Marcos, do Banacre, morreu

Ele foi diretor [Marcos Vinícios de Paula Afonso] do Banco do Estado à época em que eu era do Sindicato dos Bancários.

Seu esporte favorito era jogar Dominó. Se orgulhava de ter ajudado a formar o filho no Rio.

Quando tínhamos reunião ou nos encontrávamos ele provocava sempre:

-Braña, eu sinto um prazer quando penso no verde-oliva assumindo o país, e vocês, os comunistas, sendo presos. Eu sonho com isso todo dia.

Era uma provocação. Nos dávamos bem. Seu Marcos era um político sem ser político. Ele dizia assim:

-Sou de direita e gosto disso.

Nos últimos tempos começou assimilar o governo do Jorge Viana. Reconhecia que o Acre tinha melhorado.

Depois do banco foi ser delegado. Passou pouco tempo na função. E aí era eu que o provocava:

-Seu Marcos, quantos o senhor já prendeu?. Eu mesmo respondia: O senhor nunca prendeu ninguém. Ser policial nunca foi o seu forte. Ele ria. A última vez que conversamos foi no restaurante Anexo, que hoje mudou de nome. Alí, atrás do Cerb.

Seu Marcos morreu de Câncer ontem terça-feira, 14, na cidade do Rio de Janeiro. Será cremado nesta quinta lá mesmo.

-Sou da Rua Tamboatá, no Segundo Distrito - se apresentava assim.

Nenhum comentário: