sexta-feira, 29 de junho de 2007

Pesadelo de 20 anos acaba

É uma longa história. Vou direto ao assunto.

Em sentença prolatada no último dia 8 pela Justiça Federal vários ex-diretores do Banco do Estado do Acre e integrantes do governo à época (Flaviano Melo, década de 80) foram absolvidos ou tiveram benefícios devido à prescrição de prazo.

Os dirigentes absolvidos, uns antigos servidores do Banacre e outros do Conselho de Administração do banco respondiam acusação do MPF por ‘administração fraudulenta’, prática administrativa criminosa que punha e risco a saúde financeira da instituição. A empresa era o Banacre.

Os ex-diretores – Manoel Freire da Costa [O Guapindaia, do hotel] e Mário de Castro Gonçalves – foram os dois classicamente considerados absolvidos pelo juiz federal Pedro Francisco da Silva por absoluta ‘falta de provas’.

Os demais [Osmir Lima, José Manoel Angelim, Edson Luiz (sogro de ex-senador Nabor), João Batista, Augusto Albuquerque, Deusdeth Nogueira (cons de Adm), Carlos Abrantes (cons de Adm), Elói Abud, Humberto Antão, e Joaquim Macedo Filho (Tinel)] tiveram as acusações desclassificadas do delito de ‘gestão fraudulenta’ para ‘administração temerária’ e foram beneficiados pela prescrição de prazo, conforme os autos do processo transitado em julgado [ação não pode mais ter recurso] na 2ª Vara da justiça federal.

Com exclusividade, um dos beneficiários da sentença da justiça federal falou a este blog e disse que a ‘justiça foi feita.’

-Depois de quase 20 anos isso vinha tirando o sono da gente. Nem sair do país a gente podia. Tinha que pedir permissão. E agora estamos livres desse processo. E estamos livres por decisão da justiça – festeja.

[Aos interessados: processo nº 2001.30.00.001834-3, 2ª da vara da JF]

O que posso dizer

O tempo passa e esse assunto não se afasta de mim. Nem sabia da sentença e um dos ex-diretores do Banacre me chama, dentro de um supermercado, e me mostra o documento assinado pelo juiz Pedro Francisco.

Fico feliz por alguns que são inocentes de verdade. Por outros eu tenho pena. Suas consciências os perturbarão a vida toda.

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