Seu Marcos, do Banacre, morreu
Ele foi diretor [Marcos Vinícios de Paula Afonso] do Banco do Estado à época em que eu era do Sindicato dos Bancários.
Seu esporte favorito era jogar Dominó. Se orgulhava de ter ajudado a formar o filho no Rio.
Quando tínhamos reunião ou nos encontrávamos ele provocava sempre:
-Braña, eu sinto um prazer quando penso no verde-oliva assumindo o país, e vocês, os comunistas, sendo presos. Eu sonho com isso todo dia.
Era uma provocação. Nos dávamos bem. Seu Marcos era um político sem ser político. Ele dizia assim:
-Sou de direita e gosto disso.
Nos últimos tempos começou assimilar o governo do Jorge Viana. Reconhecia que o Acre tinha melhorado.
Depois do banco foi ser delegado. Passou pouco tempo na função. E aí era eu que o provocava:
-Seu Marcos, quantos o senhor já prendeu?. Eu mesmo respondia: O senhor nunca prendeu ninguém. Ser policial nunca foi o seu forte. Ele ria. A última vez que conversamos foi no restaurante Anexo, que hoje mudou de nome. Alí, atrás do Cerb.
Seu Marcos morreu de Câncer ontem terça-feira, 14, na cidade do Rio de Janeiro. Será cremado nesta quinta lá mesmo.
-Sou da Rua Tamboatá, no Segundo Distrito - se apresentava assim.
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