segunda-feira, 1 de março de 2010

Cena da cidade na chuva


Vinha do terceiro expediente do dia, agorinha às 22h30min, quando, no semáforo do Terminal, uma cena inacreditável.


Dantesca, até.


Um incidente de trânsito.


Um homem num carro bonito; não sei a marca, branco-gelo, talvez, estava chovendo, a visão fica prejudicada.


Ele discute com outro que estava numa bicicleta.


Provavelmente porque um esbarrou no outro e arranhões se fizerem nos veículos. Em um mais que o outro, com certeza.


Estou no sinal, parado. Fico olhando:


O dono do carro vai até o veículo e pega um reluzente revólver. Daqueles do Clint Eastwood, o ainda galã sessentão de Hollywood.


E começa a intimidar o da bicicleta. Arrogância em pessoa...A arma era imensa e brilhava na chuva.


O sinal abre...saio, não sem antes pegar o celular e discar para polícia. Conto o que vi.


-Não se preocupe vamos verificar imediatamente com a viatura mais próxima. Obrigado – diz a voz do 190.


Segui para casa e não sei até agora no que acabou a discussão.


Para confirmar minhas palavras somente eu...


E a chuva.


As duas testemunhas.

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