quinta-feira, 3 de julho de 2008

[Só Nelson explicaria melhor]


Maravilhosa e inglória

Só o futebol é capaz de superdimensionar um sofrimento.

Mais ou menos refeito do desgaste emocional da noite cinematográfica de quarta-feira, 2, onde o futebol viveu minutos de beleza esplêndida, amanheço de cabeça erguida e convencido, mais do que antes, de que o melhor time da Libertadores não venceu a Libertadores porque deixou de fazer um gol a mais.

Foi uma partida para os que gostam de futebol.

Ofensiva o tempo todo por parte especialmente do Fluminense que, em nenhum instante deixou de procurar o resultado.

100 mil pessoas – entre pagantes e não pagantes, entre mortos e vivos tricolores – saíram extasiados, arrebentados, mas satisfeitos com o seu time. O Fluminense honrou a camisa e as tradições do melhor time da América em 2008.

Na noite maravilhosa de quarta [e inglória] os que estavam em casa foram ao Maracanã e até os mortos se levantaram das catacumbas tricolores e também foram ver o mais brilhante time do Brasil dos últimos tempos.

Um time que não tem medo de tomar um gol. Uma equipe que toma um gol e vai em busca do empate, da vitória...E consegue! Sempre!

Claro, ontem o ‘Sobrenatural de Almeida’, de Nelson Rodrigues, deu o ar da graça. Não era para ter aparecido.

O Brasil parou para ver a Máquina jogar. Foram momentos de magia de Tiago Neves, que fez três gols sensacionais e poderia ter feito mais. Pelo menos mais um.

Desse time eu não sei o que vai sobrar. O mercado do futebol é um poço sem fundo. Tudo pode acontecer. Para o bem e para o mal.

Só sei que na memória dos tricolores e dos amantes do futebol vai ficar registrada a épica passagem do Fluminense pela Libertadores de 2008.

Todos os grandes adversários – as lendas! – foram derrotados no Maracanã por 3 a 1. E todas as vítimas foram superadas com viradas monumentais.

A noite de ontem foi maravilhosa para o futebol. A madrugada e o resultado final nem tanto...

Mesmo assim e, mais do que nunca, Viva o Fluminense!

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