Aproveite...
Hoje, domingo, 22 de junho de 2008, é o último dia do antigo e diferente horário do Estado do Acre.
Um horário que nos fazia diferente e, por que não dizer, orgulhosos por assim sermos.
Agora não tem mais jeito.
O governo federal sancionou o projeto que muda o fuso horário do Acre com relação ao resto do país e, nós, que tratemos de nos adaptar.
Sei que rapidamente nos adaptaremos. Esse não é o problema.
O problema é a nossa particularidade. O nosso jeito de olhar o Brasil andando apressado e a gente tendo ainda duas horas para ver o que acontece. Esse detalhe era impagável.
Todo mundo faz, fazia, né?, 'Oh!!!' quando informávamos que 'aqui ainda são tantas horas, duas a menos que vocês aí em qualquer canto do país'. Isso acaba amanhã.
Esse nosso charme, enfim, chega ao fim.
Fui um dos primeiros a falar sobre essa mudança. Continuo sendo contrário à mudança. Os bancos, que cantavam melhoras no funcionamento, pasmem, vão abrir mais tarde [uma pressão local vai fazer eles manterem o mesmo horário da abertura pelo menos nesse começo de novo horário].
Hoje, o banco abre 9h. Com o novo fuso as portas só vão estar abertas às 10h. Que benefício é esse?
Os velhinhos que gostam de chegar cedo às agências, podem levar um banquinho e, tic-tac, tic-tac, esperem o badalo das 10h!!!.
'Benefício para as operações bancárias!', dizem os empresários. Quais? Não vejo nem meio benefício.
Benefício financeiro SERIA se os bancos, por conta da mudança, creditassem na conta-corrente de cada um de nós, R$ 1 milhão, R$ 100 mil, R$ 10 mil, R$ 1 mil, que fossem. Como o povo não receberá 'nenhumzinho' centavo por isso, nada de benefício financeiro haverá com a mudança do fuso horário. A não ser para o próprio sistema financeiro e as TVs.
Do meu lado não dei nenhuma conotação política à minha posição. A proposta de mudança do fuso acreano foi do senador Tião Viana, e eu, João Roberto Braña Bezerra, seria contra do mesmo jeito se fosse uma idéia do Jorge Viana, do Binho Marques, do Edvaldo Magalhães, do Calixto, do Petecão, do santo Padre Paolinho, ou até mesmo dos senhores meus pais Almir e dona Raimunda Braña.
O que posso dizer, por fim?
Adeus, antigo horário do Acre! Na nossa velhice nem nos lembraremos mais que um dia você existiu.
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